23.6.11

Vontade de dançar

O amor quando acontece a gente esquece logo que sofreu um dia e isso é mágico.

Hoje, passando umas roupas, pensei que a resistência em escrever pode ser o medo de entrar em contato com coisas que estão seguramente(?) guardadas em algum lugar povoado de pequenas e grandes sombras. Não é só a crítica positiva ou negativa a que me exporia. Seria sair da superfície segura(?) para um mergulho, sem ter certeza de voltar ou então de voltar diferente.
Liguei para tia I, para dar-lhe os parabéns pelo aniversário. Falei com ela e fiquei assim assim. Ela me parecia triste, apesar daquele jeito de falar sorrindo.
Sei que hoje sou presa dos meus hormônios. Conheço essa tristeza.
Há alguns anos brigamos e conservei esse clima dentro de mim por séculos.
Falar com ela trouxe-me a certeza de que tudo o que o tempo leva do corpo, trás para a alma (ao menos de alguns, vide a "chefa do Lulu" contrariando a regra). Pareceu-me tão bôba a minha atitude anterior. Toda aquela raiva desperdiçando a minha energia. Quanta bobagem.
Aí estava vendo Vale Tudo e o João Bosco trouxe-me um tempo de tanto tempo faz. Às vezes a gente se sente triste por coisas que, futuramente, nos parecerão tão pequenininhas. Trens.
Luz. Talismã. Saborosa manhã.
Hoje, se fosse escrever, não haveria sol.