27.4.09

Boa semana

Hoje deixei vários posts, que foram sendo escritos ao longo do dia. Entre uma coisa e outra fui aproveitando para escrever e já respondi os e-mails também.
Amanhã é um dia importante. Dedinhos cruzados, ok?
Fui apresentada ao Osho e estou lendo um livro chamado Nem água, nem lua (sobre histórias zen).
Ainda que seja muito difícil chegar ao estágio que ele propõe, sei que o que ele diz é bastante lógico e vem mesmo ao encontro do meu próprio pensamento.
Depois vou transcrever aqui algumas coisas que acho interessantes.
Defintivamente a simplicidade é uma conquista e uma fonte de felicidade.
Chegar lá é que é difícil (mas não impossível). Quem sabe um dia eu alcance esse nível de elevação??
Boa semana. Bons estudos, boa praia, bom trabalho....tudo de bom para todos nós.

26.4.09

A tirada do ascensorista

O diálogo abaixo foi ouvido por mim num elevador e acabou por fazer com que todos os presentes - homens e mulheres - rissem.
Mulher A- Você acredita que ele me traiu com a colega da nossa filha e depois com a mãe dela?
Mulher B - Mentira?!
Mulher A - Juro. Só não sei é se mãe e filha souberam disso.
Mulher B - E o que você fez?
Mulher A - Contei para a nossa filha, rasguei as roupas dele, documentos. Quebrei tudo o que ele gostava, coloquei os restos em caixas e mandei o porteiro colocar na garagem para ele pegar. Naquela casa ele não entra mais, nem morto. Também aproveitei para lhe colocar o último par de chifres com o Costa, aquele amigo gostosão dele que me cantava há anos.

Silêncio no elevador. E vem a frase lapidar dita pelo ascensorista.
- Homem para trair precisa de mulher. Mulher para trair precisa de motivo.
Depois dessa a gargalhada foi geral.

Hipóteses

Se uma pessoa chega atrasada a dois encontros e só se desculpa em um deles, isto quer dizer:
1 - Que houve uma distração com relação a uma das pessoas?
2 - Que a importância dada a uma não é a mesma dada à outra pessoa?
3 - Que se quer impressionar apenas uma das pessoas?

Não sei o que vocês acham, mas eu penso que a segunda hipótese é a mãe da primeira e da terceira. O resto é blábláblá. Nós só fazemos o que queremos, consciente ou inconscientemente. Ninguém nos obriga. Acontece que nem sempre revelamos as nossas verdadeiras motivações.

Hello boys!

Whatever you give a woman, she will make greater.
If you give her sperm, she’ll give you a baby.
If you give her a house, she’ll give you a home.
If you give her groceries, she’ll give you a meal.
If you give her a smile, she’ll give you her heart.
She multiplies and enlarges what is given to her.
So, if you give her any crap, be ready to receive a ton of shit.

Das coisas que me irritam

Pessoas que fazem perguntas sobre a minha intimidade, sem que eu tenha ao menos sinalizado que isto era permitido.

Quem coloca obstáculo em vez de dizer simplesmente que não quer fazer.

Quem coloca palavras na minha boca, dizendo que eu disse o que eu não disse. Se há uma coisa que não me mete medo é falar. E não tenho nenhum problema em assumir o que digo, mas se uma pessoa entende algo diferente, o problema não é meu.

Quem me ofende pensando que sou idiota.

Quem me diz que o seu cachorro não morde e insiste para que eu aceite isso como verdade.
Adoro os bichinhos, mas daí a sair pegando um cachorro que não conheço......

Quem quer fazer uma coisa e me usa como desculpa, tipo: vamos logo porque ela (eu) está com pressa, sendo que a pressa quem tem é a pessoa que fala. Pô! Por que não diz a coisa como ela é?

Gente mal educada de qualquer idade.

Mastigação de boca aberta, com direito a barulho. Sendo mais abrangente, quem não sabe se comportar à mesa.

Médicos que se acham deuses.
"Posso dizer verdades sem ser verdadeiro. A verdade moral vem de uma atitude construtiva na relação entre as pessoas. Não é só não enganar, mas humanizar, ser coerente, ser honesto, ser aberto e transparente. É a verdade assim entendida que constitui a base da convivência social e que devemos procurar nas nossas relações".
Vasco Magalhães

“No início da nossa vida e de novo quando envelhecemos, precisamos da ajuda e da afeição dos outros. Infelizmente, entre estes dois períodos da nossa vida, quando somos fortes e capazes de cuidar de nós, negligenciamos o valor da afeição e da compaixão. Como a nossa própria vida começa e acaba com a necessidade da afeição, não seria melhor praticarmos a compaixão e o amor pelos outros enquanto somos fortes e capazes?"
Dalai Lama

Fases que a gente passa e ultrapassa

Denial is a defense mechanism postulated by Sigmund Freud, in which a person is faced with a fact that is too uncomfortable to accept and rejects it instead, insisting that it is not true despite what may be overwhelming evidence.

Quando alguém morre, ao descobrir uma doença ou diante de uma grande decepção a primeira coisa que fazemos, penso eu, é negar. É um mecanismo de defesa, um modo de ganhar tempo para assimilar aquilo de ruim que nos aconteceu.
Não sei se há um tempo depois do qual isso passa de normal a anormal ou se varia de pessoa para pessoa.
Recentemente, ao descobrir um problema de saúde, passei semanas acordando com o desejo de que tudo tivesse sido apenas um pesadelo. Durante alguns segundos pensava que nada daquilo tinha sido real, que eu havia apenas sonhado.
Em seguida vinha a certeza de que não tinha sido um sonho e uma tristeza imensa tomava conta de mim. Por que? Por que eu? Por que agora? Mil por ques.

Um dia, ao fazer uma ligação e ouvir uma voz conhecida, tive um choque tamanho que simplesmente não acreditei. Por alguns minutos pensei que estava ficando maluca, sem saber se tinha mesmo ouvido aquela voz. Precisei ligar uma segunda vez para acreditar, para ter certeza.
Depois fui tomar banho e deixei a água cair sobre mim, para limpar meus pensamentos, meu corpo, minha alma. Chorei de um modo tão profundo, como se tivessem arrancando o meu coração. Foi uma coisa tão estranha. Eu não acreditava e ao mesmo tempo sabia que era real. Acho que nunca vou esquecer esse choro.
Água que vinha de fora, com água que brotava de dentro. Uma espécie de lavagem do Bomfim, para deixar tudo limpo, claro, sem dúvidas, sem negação.
Quando se supera essa fase, as coisas começam a tomar os seus lugares, a gente vai encontrando os mecanismos para lidar com o problema e, lá na frente, acha ou a vida se encarrega de mostrar a solução.
No que diz respeito à saúde é mais difícil, especialmente em função do medo que fica girando em torno, esperando qualquer brecha ou vulnerabilidade para se instalar.
Esse tem sido o meu maior inimigo.

Recordar é viver

Impressiona-me sempre como certas coisas são, ao mesmo tempo, tão óbvias e tão difíceis de se perceber (ou de se ter essa consciência). Outras vezes, quando leio ou ouço alguma coisa desse gênero, vejo que não sou a única a pensar daquele modo e passo a considerar os meus pensamentos como possibilidades em vez de utopias.
Nos últimos dias além de comer muito camarão e algumas lagostas, cheguei à conclusão de que o próximo objetivo de vida é mesmo aquietar a mente.
Claro que até chegar a esse estágio, terei que ter muita disciplina, perseverança e concentração, ou seja, tudo (ou quase) que não tenho em grandes estoques.

Uma mudança no meu sonho recorrente aconteceu: em vez de querer dizer, eu tinha algo a perguntar. Há anos e anos esse sonho se repete e a vontade era sempre de contar. Dessa vez, o sonho foi lindo como sempre, mas eu tinha curiosidade em saber. Não sei o que isso significa, mas deve significar alguma coisa. O que sei é que se eu pudesse programar meus sonhos, teria variações deste todos os dias, porque me sinto bem e calma ao acordar.

Revi uma querida amiga que conservo desde os 12 anos. Não nos víamos desde 2006. Ela teve um problema no coração, fez uma cirurgia, mas agora está tudo bem. Mostrei-lhe algumas coisas que guardei da nossa adolescência: cadernos com mensagens (aquele clássico de fim de ano), fotos e alguns objetos que nem me lembrava mais. Passamos muito tempo a recordar desta e daquela amiga, daquele menino que era lindo, da professora amiga do Milton Nascimento que nos apresentou a ele num show. Eu lembrava de coisas que ela não lembrava e vice-versa.
Ela sempre foi muito calma e calada. Eu tive uma fase enfant terrible na qual poucos colegas eram bem vindos. Foi uma fase de muita agressividade e vontade de romper com a ordem.
Ela lembrou-se que um dia eu disse: “se alguém fizer alguma coisa com você, me diga e eu quebro a cara dessa pessoa”. Comecei cedo a julgar-me uma super-heroína, que podia salvar os bons e lutar contra os maus. Depois veio a fase mais pé no chão e com ela a minha frase lapidar: “ a realidade é iconoclasta”.
Lembro-me bem desse dia. Estava lendo e deparei-me com a palavra iconoclastia. Fui ao dicionário ler a definição. Nessa época eu gostava de um menino chamado Max (eu e 90% das meninas da escola) e, por conseqüência, o achava lindo, inteligente, maravilhoso, praticamente um ídolo e, como tal, sem defeitos. Rolava um tal caderno de perguntas, que a gente passava entre os amigos, para saber o que eles pensavam sobre certos temas, o que (e de quem) gostavam (às vezes isso era só um meio de saber a respeito de alguém especificamente....adolescência tem dessas coisas, não é?) o que queriam.
Dei o meu caderno para ele e, quando li as respostas, descobri que ele era chato e bobinho. Aí, lembrei-me da palavra iconoclastia e pensei: por mais que eu queira vê-lo como príncipe, ele é um sapo, ou seja, a realidade é iconoclasta. Pronto. A partir daí essa frase acompanhou-me e virou uma espécie de referência, pois meus amigos a citavam, quando se referiam a mim.
Rimos muito dessas lembranças e, embora nossas vidas tenham tomado rumos muito diferentes, dos nossos temperamentos serem praticamente opostos e da vida nos manter quase sempre à distância, temos aqueles momentos em comum que servem para manter um delicado elo, que nos ligará para sempre.
No mais, meu caros, nenhum acontecimento passível de comentários aqui.

Friedrich Nietzsche

"Minha solidão não tem nada a ver
com a presença ou ausência de pessoa.
Detesto quem me rouba a solidão,
sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia..."

Yes, I can

Nem só de coisas tristes é feita a vida e ontem, 25 de abril, minha alma ficou em festa ao ler uma coisinha. Fiquei tão feliz comigo mesma. Não senti orgulho propriamente, mas uma alegria muito grande ao ver que o sonho não é tão impossível e eu posso. Respiro um certo ar de Obama.

Companheiros

Ontem fui à missa de 7º dia de Z. Ela morreu já faz alguns anos, mas o corpo foi embora agora. Durante toda a missa (super chata, aliás, com um padre totalmente sem noção, reclamando, dizendo que todos nós temos Aids na alma e outras pérolas)fiquei vendo um filminho dela: o sorriso, as piadas, a alegria que irradiava, as comidinhas gostosas que fazia, a bandeja que trouxe um dia, com o meu café da manhã, acompanhada do sorriso de sempre e de uma rosa, os inúmeros bolos que fez especialmente para mim (e para outras pessoas também, porque ela adorava presentear assim).
Lembrei-me de suas posições políticas, do quanto falava das ligas componesas, de D. Helder. Suas frases, os relatos e histórias, sua linda voz cantada, sua beleza de top model na juventude, todas essas imagens passaram na minha frente e senti uma saudade calma e profunda. Chorei, como sempre e desejei que A tenha forças para passar esse momento.
Acho que não existem mais homens como ele, maridos tão dedicados, amigos e companheiros. No lugar dele a grande maioria teria resolvido o "problema" de outra forma. Ele não. Ficou com ela até o fim e ela merecia que fosse desse modo.
Casaram-se já na "adultice", como ela dizia. Nunca perderam a alegria daquela união.
Tudo acaba e a gente tem que aceitar isso, mas o "nunca mais" é meu maior inimigo.

21.4.09

Ódio

Se há uma coisa que eu odeio com todas as minhas forças é barata. Há outras também, mas esse bicho - nojento, que vive no escuro, se escondendo, não faz nada às claras, se finge de morta, vive na sujeira e resiste até a bomba atômica - deve mexer também com o meu inconsciente. Não é proporcional o pânico que essa coisa gera em mim.
Barata é o oposto de tudo o que gosto: limpeza, claridade, abertura, tudo às claras.
Se encontrasse o gênio da lâmpada acho que pediria a extinção de baratas e ratos.
Além de tudo são absolutamente inúteis.

Estou grávida

Eu tô grávida
Grávida de um beija-flor
Grávida de terra
De um liquidificador
E vou parir
Um terremoto, uma bomba, uma cor
Uma locomotiva a vapor
Um corredor
Eu tô grávida
Esperando um avião
Cada vez mais grávida
Estou grávida de chão
E vou parir
Sobre a cidade
Quando a noite contrair
E quando o sol dilatar
Dar à luz
Eu tô grávida
De uma nota musical
De um automóvel
De uma árvore de Natal
E vou parir
Uma montanha, um cordão umbilical, um
anticoncepcional
Um cartão postal
Eu tô grávida
Esperando um furacão, um fio de cabelo, uma bolha de sabão
E vou parir
Sobre a cidade
Quando a noite contrair
E quando o sol dilatar
Vou dar à luz

(Marina Lima)

Clarice Lispector

"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca."

"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome."Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.

"Terei toda a aparência de quem falhou, e só eu saberei se foi a falha necessária."

"Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... continuarei a escrever"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada."

"Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam."

"Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós."

"Eu não sou promíscua. Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro."

"Eu não sou tão triste assim, é que hoje eu estou cansada"

"Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar."

13.4.09

Boa semana


Tantas coisas para falar, mas sem tempo para escrever. Agora já é super tarde e só quero desejar uma boa semana a vocês que frequentam esse meu bloguinho experimental-conceitual.
Não comam muito chocolate. Quem ganhou muitos ovinhos e bombons, please, distribua, reparta, divida. Vai fazer bem para o corpo (afinal, são poucos minutos de prazer para uma eternidade de gordurinhas) e para a mente. Podem crer.
Não sei quando, mas eu volto com as minhas reflexões que, aos poucos, vão me mostrando caminhos, direções.
Como acredito na existência de Deus, não posso deixar de admitir que Ele pode mudar o rumo da minha vida a qualquer momento.
Atualmente vivo mesmo nesse impasse, por conta do tal grande problema que já mencionei aqui. Conto muito com Ele para que tudo de ruim tenha ficado no passado e que eu fique bem, com muita saúde e força.
Dito isso, há uma última consideração para anotar aqui (para que a minha memória não me traia).
Se a vida é um carro e a gente senta no banco do carona, a direção fica na mão de outra pessoa ou do acaso.
Ok, é legal viajar distraidamente, olhando a paisagem. Mas de repente você descobre que dormiu, cochilou e o acaso te levou para um lugar que não era o desejado.
Para ser sincera, nunca deixei a direção na mão de outra pessoa, sem que eu estivesse sabendo para onde eu queria ir. Mas entreguei-a muitas vezes ao acaso e isso não é coisa que se faça impunemente e nem muitas vezes. No máximo uma vezinha ou outra, para dar um tom de aventura à vida e provar que nem sempre a Lei de Murphy funciona. Mas só muito de vez em quando.
Se Deus consentir que meu carro ainda ande muito, estarei no volante e pensar nisso me traz muita serenidade.
Boa semana. Paz, saúde, criatividade, esperança, consciência, verdade e amor para todos. Amor, muito amor, porque só ele salva e dá sentido à vida.

12.4.09

Boa Páscoa, Joyeuses Pâques, Happy Easter, Buona Pasqua


Graças ao Dr. Google, segue-se uma pequena lista de votos de boa Páscoa em vários idiomas. Espero que o Doctor esteja certo em tudo.

Joyeuses Pâques, Vesele Vanoce, Schöne Ostern, Felices Pascuas, Buona Pasqua, Sreken Veligden, Happy Easter, Kalo Paska, Fouai Hwo Gie Quai le
Croata: Sretun Uskrs, Glad Påsk, Gelukkig Paasfest, God Påske, Turco: Mutlo (eller Hos) Paskalya, Feliz Páscoa.

6.4.09

Boa semana

Obrigada pelos e-mails, que vou tentar responder sempre. Essa troca tem sido bem legal. Talvez em breve já possa lhes comunicar uma novidade.
Boa semana a todos e até qualquer hora.

5.4.09

Também sinto assim

Alice Ruiz

por favor
não me aperte tanto assim
tenha cuidado, pega leve
olha onde pisa
isso é meu coração
meu ganha-pão
instrumento de trabalho,
meio de vida, profissão
meu arroz com feijão
meu passaporte
para qualquer parte
para qualquer arte
não machuque esse meu coração
preciso dele para me levar a Marte
sem sair do chão
não me aperte
não machuque
tome cuidado
eu vivo disso
poesia, sonhos e outras canções
sem emoção
morro de fome
sinto muito
mas não há nada
que eu possa fazer
sem coração.

Trilha sonora

Uma coisa com a qual não me conformo é a falta de fundo musical na vida da gente.
Queria que a vida imitasse a arte e, como nos filmes, uma linda trilha desse o tom da nossa dor ou alegria.
Um encontro, um reencontro, um adeus. Tudo isso com uma música ao fundo ficaria bem mais triste ou bonito.
Claro que tinha que ser uma coisa limitada aos protagonistas da cena. Imagina a confusão de vários fundos musicais em conjunto!!
Na impossibilidade disso ser real, viajo nas minhas próprias trilhas.

Mentirinha

Entre uma caipirinha e uma lingüicinha alguém lembra uma música que diz: ""ela procurava um príncipe e ele procurava a próxima."
Perguntei: será que vocês (leia-se homens) não estão sempre procurando a próxima?
Resposta: se você quisesse ser a próxima, podia também ser a única. Eu teria amnésia diariamente para querer só você em todos os dias seguintes, por toda a vida.

Conclusão: há mentiras que são até fôfas de se ouvir, mas só aquiesço, simpaticamente, sob o efeito da caipirinha.

“Ainda que seja noite o sol existe" (Maiacovski)

Acontece de a gente ir dormir nublado e acordar ensolarado.
Acontece também de haver mais do que uma noite entre este dormir e este despertar. Às vezes a gente leva muito tempo para se ensolarar de novo, para sentir que a luz voltou e iluminou toda a escuridão que nos habitava.


P.S. Por uma coincidência depois de escrever o pequeno post acima, li um e-mail que recebi e nele vi a frase que usei como título. Incrível essas coisas de sincronicidade. Eu acredito e cada vez mais. Se eu pudesse contar aqui os vários motivos que tenho para acreditar, vocês veriam que tenho razão.


Defintivamente se pode tirar lição de tudo. Cito alguns exemplos, que não têm ligação entre si, mas voltam ao mesmo ponto: tudo pode servir de estímulo para uma boa e sana reflexão.
No mundo todo existe essa febre de Big Brother e as pessoas se dividem entre os que gostam e os que não gostam. Coloco-me no meio, digamos. Não deixaria de fazer nada para ficar em casa assistindo o programa, mas, se vejo, acabo torcendo para alguém.
Aprendizado com o BBB9:
1 - Se julgar é errado, pré-julgar é ainda mais. Pré-julguei preconceituosamente e errei.
2 - Também vi claramente como é fácil a gente se dividir. Não precisa nem de um limite físico. O ser humano é tão capaz e inteligente para algumas coisas e tão estúpido para outras. Incredible.
Questão do julgamento: Pri. Logo de cara parei na primeira imagem, naquela que ela colocou na frente: a mulher corpo. Achei que ela era só aquilo que fazia questão de mostrar e sentenciei: não gosto!!
Ela foi e voltou do paredão e, ao longo das semanas, foi mostrando ser uma mulher inteligente, corajosa, que não se prende a idéias pré-concebidas, não se deixa influenciar por muros existentes ou não (o que é diferente de estabelecer uma “amizade” maior com algumas pessoas), sabe relacionar-se bem (dizendo o que pensa, inclusive) com todos, independente de serem homens ou mulheres. É sexualmente bem resolvida e não esconde isso. Ponto para ela!
O único pecado foi ter dado trela para aquele idiota, cujo nome até esqueci. Ali ela deu uma pisada de bola, mas ninguém é perfeito e existe uma pressão ali dentro que só quem está lá sabe. Não acho que ela estivesse apaixonada, o que seria uma justificativa para ficar meio tolinha. Acho que ela quis formar casalzinho, mas escolheu um cara tão idiota que caiu ligeiramente no meu conceito.
Há dois tipos de idiota: os que a gente custa a ver e os que a gente vê de cara. O da Pri era do segundo tipo e mesmo assim ela deu corda. Ainda bem que o público soberano colocou o mala para fora da casa.
Hoje torço por ela e se a Ana ganhar também vou ficar bem contente. A Francine até é simpática, engraçadinha e não é burrinha como quer fazer parecer, mas é sem noção, então, torço apenas para que caia na real depois que sair dali. Sim, porque se ela tem alguma ilusão com relação ao Maximiza/Minimiza, pelo amor da santa, né?!! Ele é chato, sem carisma, sem graça, sem conteúdo e nem na forma consegue se destacar. Faz caras e bocas. Diz frases supostamente bombásticas e tenta criar aquela onda de intelectual, mas é só fachada.
Fico me perguntando se esse tipo de gente é tão idiota que não percebe que qualquer máscara cai depois de algum tempo. Ninguém consegue enganar todos o tempo todo. Nesses quase 3 meses de casa a máscara dele foi sendo arranhada aqui e ali, foi caindo, caindo e finalmente a cara dele ficou exposta. O que se vê não é nada de interessante (se fosse, não precisaria de máscara).
Eu prefiro mil vezes ser detestada pelo que sou (praticamente impossível, porque sou maravilhosa), do que viver na ilusão de ser amada pelo que tentei fazer as pessoas acreditarem que sou.

A outra coisa que constatei é o quanto nos separamos uns dos outros com facilidade. Basta que se crie um muro imaginário e nos prendemos àquilo para sempre.
Sempre achei uma idiotice essa coisa de patriotismo. Faz algum sentido que algumas pessoas sejam melhores que outras, pelo simples fato de - acaso do destino - terem nascido aqui ou ali?
Na casa esse clima foi criado inicialmente com aquele muro e depois, apesar dele não mais existir fisicamente, as pessoas continuaram a sentir-se do lado de cá ou de lá.
É isso que fazemos na maior parte das vezes. Um comportamento de ovelhinha que pula, ainda que não haja obstáculo, só porque a outra pulou.
Sempre tive um certo menosprezo por pessoas tão facilmente condicionadas. Sei que existem variantes nesse tema, mas vou pulá-las agora. Queria só fazer o registro da minha observação e ver se vocês concordam (ou não..rs).
Desde pequenos somos ensinados a nos separar: idade, sexo, condição social, raça, nacionalidade (e dentro dela há as subdivisões por região, cidade e tal), política, altura, peso, time de futebol, enfim, tudo é pretexto para divisões. Claro que não há, necessariamente, um mal em se escolher um time de futebol. O problema é que algumas pessoas não conseguem simplesmente exaltar o seu time. Precisam esculhambar o outro e até criar situações de violência descontrolada. Estupidez pura e elevada a enésima potência.
Nós, mulheres, desenvolvemos uma rivalidade explícita (a dos homens é mais na encolha e eles são mais solidários, especialmente quando se trata de acobertarem-se uns aos outros), que nos impede até mesmo de avançar social e profissionalmente.
Conclusão: Tudo vale a pena, se a alma não é pequena. Até o Big Brother pode servir de estímulo a análises menos superficiais.
Quando antipatizei com a Priscila, não foi por uma questão feminina de rivalidade, mas sim pelo fato de achar que ela focava só no corpo, como se não tivesse mais nada para mostrar. Para mim isso costuma ser uma demonstração de submissão feminina.
Errei ao julgar.
Em uma semana, numa situação totalmente fora do comum, sob pressão, entre pessoas que ela não conhecia bem, enfim, em pouco tempo e sob stress, ela usou as armas que tinha mais a mão, aquelas que parecem sempre eficazes.
Depois que voltou do paredão e foi se sentindo mais segura – especialmente depois que aquele mala que ficou com ela saiu - foi sendo uma pessoa mais completa, mostrando o seu senso de humor, a cuca fresca, um modo simples e direto de ver as coisas. O corpo continuou à mostra, de um jeitinho un tanto vulgar para o meu gosto, mas já não era uma exposição submissa, ao contrário. Acho que era um fator a mais de segurança. Rendo-me à ela e torço para que vença, mesmo que depois ela vá seguir o caminho natural das ex- BBBs. Se o fizer com inteligência, tirando partido disso, ça va.
Acho muito sacal que as mulheres precisem tirar a roupa para iniciar algumas carreiras, mas enquanto a gente não reconhecer o poder que tem, essa coisa não vai mudar.
E tenho dito.
(Depois volto para falar de uma outra coisa que pensei a partir de dois filmes bem água-com-açúcar).

4.4.09

Feijão Maravilha



Dez entre dez brasileiros preferem feijão
esse sabor bem Brasil
verdadeiro fator de união da família
esse sabor de aventura
famoso Pretão Maravilha
faz mais feliz a mamãe, o papai
o filhinho e a filha

Dez entre dez brasileiros elegem feijão!
Puro, com pão, com arroz
com farinha ou macararrão
macarrão, macarrão!
E nessas horas que esquecem dos seus preconceitos
gritam que esse crioulo
é um velho amigo do peito

Feijão tem gosto de festa
é melhor e mal não faz
ontem, hoje, sempre
feijão, feijão, feijão
o preto que satisfaz!...