25.12.08

Natal

Esse Natal está sendo muito particular. Não estou alegre e nem triste. Sinto uma espécie de vazio, como se fosse uma terra que se prepara para ser plantada e descansa enquanto isso. Não há flores ou árvores frutíferas nesse momento. Só a terra nua, se refazendo na esperança de renascer e ficar outra vez cheia de flores e frutos, de preferência mais reais que sonhados.
Sinto uma enorme saudade de pessoas que nunca mais vou ver. Saudade também daquele tempo bom da infância, quando a gente aprende a ter esperança através da figura do bom velhinho, que trará ou não os presentes tão sonhados, dependendo do nosso bom ou mau comportamento.
O tempo passa, a gente deixa de acreditar no Papai Noel, mas não deixa de ter esperança. A esperança é prima-irmã do instinto de sobrevivência.
Há certas emoçôes que a gente só pode conhecer, se puder vivê-las na primeira pessoa. É possível imaginar, mas saber a gente só sabe quando experimenta na própria pele.
Fiz um pedido para Papai Noel e sigo confiante que ele vai me ouvir. Não porque eu tenha me comportado bem, mas porque ele tem bom coração.

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