Estavas, linda Inês, posta em sossêgo,
Dos teus anos colhendo doce fruto,
Naquele engano da alma, ledo e cego,
Que a fortuna não deixa durar muito,
Nos saudosos campos do Mondego,
Dos teus formosos olhos nunca enxutos,
Aos montes ensinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas.
Canto III, 120
Nenhum comentário:
Postar um comentário