30.3.09

De volta depois de um passeio inusitado, vendo o Rio se iluminar sob uma novíssima ótica, queria desejar a todos uma boa semana e dizer que penso em muitas coisas para escrever aqui. Algumas não posso, outras não devo e até aproveito para dizer que o meu objetivo não é contar o meu dia-a-dia, mas sim o que ele me faz pensar, sacar, desejar, rejeitar, descobrir, enfim, aqui é um espaço para eu colocar algumas das coisas que vejo e penso, sob o meu ponto de vista.
Às vezes também falta tempo para sentar e escrever do jeito que eu queria. Tenho vivido uma fase muito estranha, onde acontecem coisas incrivelmente boas, junto a outras que caminham na direção oposta.
Já disse antes - e não quero entrar em detalhes - que venho de um momento duro em 2008, com um problema grave, que espero tenha acabado para sempre e outro muito triste, que me provocou uma das maiores decepções, senão a maior que já tive.
Felizmente a vida não é feita só de tristezas e tenho tido também momentos muito especiais. Tudo isso me traz "spunti" (sorry, mas não consigui achar um sinônimo em portugues) que poderiam transformar-se em posts, mas há coisas que não dá para partilhar.
De qualquer forma, meus poucos e bons leitores, desculpem-me se sou tantas vezes redundante, mas esse é o meu momento.
Vou deixar agora alguns poemas do meu amado, aliás, amadíssimo Fernando Pessoa. Acho que dele todos vocês gostam, não é?
Além de A, penso que ele é a única pessoa que conhece e compreende(e já conhecia e compreendia antes mesmo do meu nascimento) o que penso e sinto.
Se não houvesse outra boa razão para falar portugues, me bastaria o fato de poder ler no original os poemas desse poeta maior, cheio de inquietações, fragmentações, incompreensões e beleza. Eu amo Fernando Pessoa.


Tabacaria (15.01.1928)

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim, todos os sonhos do mundo.

(Esse poderia ser o meu epitáfio)

Nenhum comentário: